Ter, 21 de agosto de 2018, 11:13

Conheça os servidores aposentados que receberam homenagem no cinquentenário da UFS
Esta é a segunda homenagem nas ações pelos 50 anos
Sessão solene ocorreu na última sexta-feira, 17, no auditório da Reitoria. (fotos: Paulo Marques/bolsista Ascom UFS)
Sessão solene ocorreu na última sexta-feira, 17, no auditório da Reitoria. (fotos: Paulo Marques/bolsista Ascom UFS)

Mais uma solenidade marca as ações em comemoração aos 50 anos da UFS. Na última sexta-feira, 17, o auditório da Reitoria, no campus de São Cristóvão, foi o lugar das homenagens a 19 servidores aposentados. Eles receberam uma medalha comemorativa em alusão ao cinquentenário da instituição.

Esta é a segunda solenidade de homenagem a servidores da UFS. A primeira ocorreu no Teatro Tobias Barreto em 15 de maio passado, data do aniversário.

A pró-reitora de Gestão de Pessoas Ednalva Freire Caetano, mais uma vez, foi a responsável pela produção do texto lido na cerimônia. Veja abaixo o texto e as fotos dos que receberam a medalha das mãos do reitor Angelo Antoniolli e da vice Iara Campelo.

"A luta pela criação de uma universidade pública em Sergipe remonta ao final da década de 50 e o percurso jurídico que resultou na sua criação tem origem com a Lei Estadual nº 1.194, de 11 de julho de 1963, que autorizou a transferência dos bens dos estabelecimentos de ensino superior existentes no Estado para compor o patrimônio da nova Instituição. Em 28 de fevereiro de 1967, o Decreto-Lei nº 269 criou A Universidade Federal de Sergipe. Essa nova Instituição, formada a partir da reunião de todas as escolas superiores e faculdades então existentes em Sergipe, foi instalada em solenidade oficial, realizada no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, em 15 de maio de 1968.

Os primeiros anos da nossa Universidade foram marcados por uma forte ebulição política e construir um espaço acadêmico como ambiente de confrontação de idéias e preservação da liberdade de pensamento foi um desafio imenso para seus primeiros dirigentes. O planejamento e construção do campus universitário no município de São Cristovão para abrigar as unidades acadêmicas e administrativas da UFS, substituindo as antigas faculdades espalhadas pela cidade de Aracaju, exigia a criação de uma estrutura complexa que viabilizasse esse modelo.

A Universidade não está fora da História do país por essa razão, dez anos depois de fundada, a Universidade Federal de Sergipe entra em um novo ciclo de expansão iniciado com reformas acadêmicas e administrativas. No aspecto acadêmico as faculdades foram extintas, reestruturando-se em Centros e Departamentos. O sistema seriado foi substituído pelo sistema de créditos e os corpos docente, discente e administrativo passaram por crescimento significativo.

Segundo o Prof. Antônio Ponciano Bezerra “são as forças intelectuais, mais que qualquer uma outra, que dirigem e comandam a emergência e a vida das instituições acadêmicas. Essas forças se revelam nas aspirações, nos frêmitos de espíritos inquietos que a história da Universidade Federal de Sergipe, agora, plasma.” São essas pessoas de espírito inquieto que queremos nesta noite homenagear.

Convidamos para receber a Medalha Comemorativa dos 50 anos UFS os seguintes nomes:


Professor José Wilson Brito Couto – primeiro diretor do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia.
Professor José Wilson Brito Couto – primeiro diretor do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia.
Professora Cândida Maria Fontes de Santana – diretora do Centro de Ciências Sociais Aplicadas.
Professora Cândida Maria Fontes de Santana – diretora do Centro de Ciências Sociais Aplicadas.
Professora Maria de Lourdes Amaral Maciel – diretora do Centro de Educação e Ciências Humanas.
Professora Maria de Lourdes Amaral Maciel – diretora do Centro de Educação e Ciências Humanas.

As atividades práticas dos acadêmicos do curso de medicina da UFS eram realizadas no Hospital de Cirurgia, em decorrência de um convênio estabelecido entre as duas instituições. Urgia porém, que a Universidade dispusesse de um hospital próprio no qual fosse possível desenvolver não só atividades de ensino e extensão mas sobretudo as atividades de pesquisa tão necessárias ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de práticas avançadas de saúde.

O Hospital Universitário começou a se tornar realidade quando a UFS propôs ao Ministério da Saúde, em 1982, um convênio para utilizar o antigo Hospital Sanatório de Aracaju que encontrava-se desativado. Em 1983, foi transferida para a UFS a administração da instituição hospitalar que passou a chamar-se Hospital de Aracaju e, no ano seguinte, Hospital Universitário criado com a finalidade de prestar assistência médico-hospitalar além de ser o hospital-escola destinado às atividades acadêmicas dos diversos cursos da área da saúde.


Professor Reginaldo de Oliveira Silva – primeiro diretor do Hospital Universitário.
Professor Reginaldo de Oliveira Silva – primeiro diretor do Hospital Universitário.

As transformações de cunho acadêmico exigiram uma estrutura administrativa consistente o suficiente para dar sustentação ao novo modelo de universidade e dos seus processos decisórios. Esta renovação foi pautada por diretrizes de gestão democrática na sua administração, de diálogo na definição de seus rumos, de eficiência na execução de suas atividades e acima de tudo pela autonomia que caracteriza a natureza dessa instituição milenar que é a Universidade.

Em 10 de abril de 1978 o Conselho Universitário da Universidade Federal de Sergipe através da Resolução nº 05 aprova a estrutura organizacional da Reitoria considerando a urgência da implantação da reforma, bem como a necessidade de descentralizar os serviços administrativos. A Portaria nº 215 de 12 de maio de 1978 constitui grupo de trabalho para implantação da Reforma. A partir de junho de 1978 são designados Pró Reitores e outros dirigentes institucionais para assumirem os novos desafios de conduzirem os destinos da Universidade que se preparava para construir e instalar uma Cidade Universitária com todas as demandas daí decorrentes.


Professor Álvaro Antonio de Carvalho - grupo de trabalho responsável pela implantação da reforma da universidade.
Professor Álvaro Antonio de Carvalho - grupo de trabalho responsável pela implantação da reforma da universidade.
Economista Ancelmo Oliveira – grupo de trabalho responsável pela implantação da reforma da universidade.
Economista Ancelmo Oliveira – grupo de trabalho responsável pela implantação da reforma da universidade.
Representantes do advogado Stefânio de Faria Alves (in memoriam) – primeiro Assessor Jurídico da UFS.
Representantes do advogado Stefânio de Faria Alves (in memoriam) – primeiro Assessor Jurídico da UFS.
Professor José Alexandre Felizola Diniz – gerente de Recursos Humanos.
Professor José Alexandre Felizola Diniz – gerente de Recursos Humanos.
Representante do professor Frederico Leite Lisboa (in memoriam) - coordenador Geral de Planejamento.
Representante do professor Frederico Leite Lisboa (in memoriam) - coordenador Geral de Planejamento.
Representante do professor José Paulino da Silva – pró-reitor de Assuntos Estudantis e vice-reitor no período 1992 a 1996.
Representante do professor José Paulino da Silva – pró-reitor de Assuntos Estudantis e vice-reitor no período 1992 a 1996.
Professora Maria Eucaristia Teixeira Leite – pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários.
Professora Maria Eucaristia Teixeira Leite – pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários.

Os avanços e recuos da história possibilitam que os atores sociais que dela participam se engajem de maneiras diferentes em várias formas de lutas extremamente necessárias à sobrevivência das instituições. Assim, em 30 de novembro de 1992, na sala de reuniões dos Conselhos Superiores da Universidade foi instalada a Associação dos Servidores Inativos e Pensionistas da Universidade Federal de Sergipe – ASIP/UFS, com o objetivo de lutar pela manutenção da igualdade de direitos entre ativos e aposentados, fortemente ameaçados, naquele momento, por reformas pretendidas no âmbito do Estado Brasileiro. Em 02 de agosto de 1999 passou a chamar-se Associação dos Servidores Aposentados e Pensionistas da Universidade Federal de Sergipe ASAP/UFS e em 10 de junho de 2010 agregou aos seus associados servidores do Instituto Federal de Sergipe denominando-se assim ASAP/UFS/IFS.


Professor José Carlos Garcez de Menezes - período 2007 a 2011.
Professor José Carlos Garcez de Menezes - período 2007 a 2011.
Representante do administrador Arivaldo José dos Santos - períodos 2011 a 2013 e 2013 a 2015.
Representante do administrador Arivaldo José dos Santos - períodos 2011 a 2013 e 2013 a 2015.
Contador Deusanah Correia da Silva - períodos 2015 a 2017 reeleito para cumprir um segundo mandato.
Contador Deusanah Correia da Silva - períodos 2015 a 2017 reeleito para cumprir um segundo mandato.

Faz parte da autonomia da universidade pública uma relação intrínseca com a cultura. O patrimônio cultural é redefinido e reapropriado pela universidade de modo a garantir a sua disseminação através de espaços públicos que assegurem a sua preservação. O canto coral é uma manifestação cultural que remonta aos povos antigos e ainda na Grécia deixa de ter caráter exclusivamente religioso passando a fazer parte de festas populares.

O Coral da Universidade Federal de Sergipe foi fundado em 1970, formado por alunos e funcionários da UFS, tendo como primeiro regente o maestro Antônio Carlos Plech. Ao longo dos seus 48 anos este grupo vocal tem participado ativamente do movimento coral brasileiro, tendo estado presente em encontros e festivais realizados em vários estados do Brasil e alguns países da América Latina. O CORUFS vem mantendo as suas atividades com regularidade, renovando e ampliando o seu repertório, registrando em CD algumas de suas interpretações. Ao CORUFS o nosso reconhecimento e a nossa homenagem.


Atual pró-reitora de Extensão Alaíde Hermínia representa o Coral da UFS.
Atual pró-reitora de Extensão Alaíde Hermínia representa o Coral da UFS.

O Maestro Antonio Carlos Plech bacharelou-se em piano no conservatório da Pró Arte no Rio de Janeiro e em Canto Orfeônico no Conservatório Nacional de Canto Orfeônico também no Rio de Janeiro. Em 1962 recebeu bolsa de estudo para estudar no Conservatório de Bucareste na Romênia onde permaneceu durante 07 anos e obteve o título de Professor de Educação Musical e Regência. De volta ao Brasil é indicado para o cargo de Professor de Canto Orfeônico da Universidade Federal de Sergipe através da Resolução nº 03 do Conselho Universitário em 17 de janeiro de 1970. Retornou à Romênia em 1981 para especializar-se em música bizantina tendo permanecido como Regente do CORUFS até a sua morte ocorrida em 1991. Escreveu várias partituras e deixou um manuscrito inacabado sobre o compositor alemão Johan Sebastian Bach.


Professora Magdalena Plech representa seu marido Antonio Carlos Plech (in memoriam).
Professora Magdalena Plech representa seu marido Antonio Carlos Plech (in memoriam).

Comemorar um aniversário é olhar pra trás com gratidão. E a Universidade Federal de Sergipe, nesta noite, olhando para a sua história com profunda gratidão, reconhece e agradece o trabalho de todos vocês que acompanharam as suas transformações e seguiram a sua marcha para que ela chegasse aonde estamos, acreditando todos no papel transformador e equalizador da Universidade Pública Brasileira".

*Não compareceram ou não enviaram representante os seguintes homenageados:

Professor Walter Cardoso (in memoriam )– diretor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde;

Professor Nestor Piva (in memoriam) – pró-reitor de Graduação e vice-reitor no período 1976 a 1980;

Professor Fernando Lins de Carvalho – pró-reitor de Graduação; e

Professora Nélia Alves de Oliveira - primeira presidente da Asip/UFS que a dirigiu nos períodos de 1992 a 2001 e 2007 a 2009.


Esta é a segunda solenidade de homenagem a servidores da UFS.
Esta é a segunda solenidade de homenagem a servidores da UFS.
Atualizado em: Ter, 21 de agosto de 2018, 15:26

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